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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Consciência fonológica - Exercícios Rimas










































Consciência fonológica - Atividades de rima

Queremos continuar com o tema "Escolhendo Profissionais" porque este foi realmente nosso maior desafio, mas vamos intercalando com outros assuntos que consideramos importantes.

Atualmente, estamos nas mãos de dois excelentes profissionais, "a tal senhora" - psicopedagoga maravilhosa e um neuropediatra especialista em problemas de aprendizagem. Mas como somos “gatos escaldados” há tempos trabalhamos em casa com nosso pequeno. Deixamos claro que as atividades que vamos propor aqui são frutos de leitura de livros e pesquisas na internet. Não temos nenhuma formação acadêmica no assunto, temos vivência com nosso filhote com problemas de aprendizagem.

Nosso pequeno guerreiro, apesar da dislexia, conseguiu ler aos 6 anos mesmo que de forma silabada, não em virtude da escola mas porque trabalhamos em casa a alfabetização pelo método fonético. Trabalhamos com este método porque uma fonoaudióloga pediu que procurássemos uma escola que alfabetizasse desta forma, como não encontramos, percebemos que era preciso trabalhar em casa. Na alfabetização fonética a criança aprende através dos sons que são introduzidos separadamente como na forma antiga de alfabetização pa-pe-pi-po-pu, la-le-li-lo-lu , etc.

Nós adquirimos o cd “Alfabetização Fônica”, o livro “Alfabetização com Boquinhas” e outro que infelizmente não lembramos o nome e que emprestamos pra alguém que não devolveu. Mas quem conhece um pouco de Power Point pode produzir atividades semelhantes as do cd mais voltadas para o universo da criança. Por exemplo: usar nome de parentes, amigos, brinquedos, desenhos animados que a criança gosta. Quanto ao livro na internet é possível encontrar partes bem bacanas de livros sobre alfabetização fonética.

As primeiras atividades devem ser de consciência fonológica, ou seja, a capacidade de identificar, refletir e manipular os sons da fala.

Para o desenvolvimento da consciência fonológica, inicialmente, é preciso trabalhar rimas e aliterações. Rima todo mundo sabe que são palavras que terminam com o mesmo som, aliteração são palavras que começam com o mesmo som.
As crianças com problemas de consciência fonológica têm muita dificuldade com rimas. Enquanto muitas crianças por volta dos 5 anos, naturalmente, começam a fazer rimas “O João gosta de limão”, as que tem problemas fonológicos sentem dificuldade de entrar nesta brincadeira.

Apesar de termos trabalhado com nosso filhote quando ele tinha por volta de 5 anos rimas e aliterações, com o diagnóstico de dislexia voltamos a trabalhar novamente porque percebemos que ele ainda tinha um atraso na consciência fonológica.

Um indício interessante para detectar o problema é mostrar imagens de figuras que rimam e incluir uma figura que não rima, mas que está associada a uma tal imagem, perguntar para criança quais nomes quer rimam. Normalmente, crianças com problemas de consciência fonológica ao invés de responder que sapato rima com gato, respondem que rima com chinelo ou meia, ou seja, tendem a fazer associações e não rimas.
É muito importante nesta fase ler pequenas poesias para a criança reforçando bem as rimas, brincar com parlendas, brincar de fazer Rap, etc... Nestas horas vem as recordações de infância e as coisas que nossas mães diziam brincando mas que foram importantes para nossa consciência fonológica.

“Enganei um bobo, na casca do ovo!”

“Que vai querendo, põe a mão no chão e sai correndo”

“ Dedo Mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura-bolos, cata-piolhos”

“Cala boca já morreu, quem manda aqui sou eu”

Segue algumas atividades que selecionamos na internet para nosso uso, como não pensávamos em criar o blog, infelizmente não guardamos os links para fazer a referência, pedimos desculpas as pessoas que postaram alguns destes exercícios.

As imagens contendo texto click na imagem são de atividades que fizemos no Power Point, quem quiser o arquivo e só enviar um email.

As imagens dos exercícios estão no próximo post

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Escolhendo Profissionais 4

No caminho para o diagnóstico correto há muita incompetência ou má-fé?

Nosso pequeno guerreiro apresentou problemas com o processo de aprendizagem, aos 6 anos sua leitura era bastante silabada e a escrita bem ruim. Por mais de 2 anos rodamos entre consultórios de psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional. Chegamos ao cúmulo de ir a uma clínica oftalmológica que prometia lentes milagrosas (vou escrever um post sobre o assunto)

Procurávamos sempre profissionais com referência, uns diziam que ele estava disortográfico, disgráfico, que tinha um bloqueio no processo de aprendizagem, que o problema era emocional, etc. Foram sessões e mais sessões com evolução próxima a zero. Diante da incompetência ou má fé destes especialistas, sem saída, trocávamos de profissional. Foram 2 terapeutas ocupacionais, 2 psicopedagogas e 2 psicólogas alguns com histórias incluídas no post sobre Sala de Espera...

Em alguns momentos, apesar da avaliação positiva do neuropediatra, chegamos a pensar que nosso pequeno tinha algo diferente, desconhecido e que seria muito difícil ajudá-lo. Dava vontade de não procurar mais profissional algum, principalmente, por expor nosso pequeno a tantas pessoas, por contar e recontar histórias da gravides, do atraso da fala, etc.... Era muita frustração! A cada novo profissional depositávamos toda confiança e nada! Num certo momento resolvemos que continuaríamos procurando profissionais mas que em paralelo começaríamos a ler muito sobre os problemas de aprendizagem . Este foi o caminho para o diagnóstico correto e para a verdadeira ajuda a nosso pequeno guerreiro.

Com as leituras começamos a analisar o comportamento do nosso pequeno durante o dever de casa, uma verdadeira guerra doméstica, seu desinteresse completo pela leitura, etc. Começamos a suspeitar que nosso filhote poderia sofrer de déficit de atenção e dislexia. Detalhe, o déficit de atenção já havia sido descartado por uma profissional, coincidentemente, há quase 4 meses, ele estava fazendo acompanhamento com uma psicóloga especialista em déficit de atenção, com livro publicado sobre o assunto, etc. Informamos a tal especialista nossa suspeita que inocentemente disse “Sabe que eu também estou desconfiada?” Perguntamos “Como assim desconfiada? Você não tem até livro sobre o assunto? “Tenho, mas ainda não fiz os testes e vocês disseram que outro profissional havia descartado... “ Incompetência ou Má-fé?

Conversamos com a escola sobre nossa desconfiança e eles disseram que no caso da dislexia era preciso esperar até os 9 anos, etc.. Mas diante da nossa insistência, indicaram uma senhora que havia ajudado muito uma criança que tinha dislexia. Disseram “Quem sabe ela ajuda com o dever e assim percebe alguma coisa!”

Foram vários telefonemas até conseguir marcar uma reunião com a tal senhora. Mas valeu a pena! Já na primeira reunião percebemos que a tal senhora era uma psicopedagoga que amava sua profissão e que além do conhecimento teórico também tinha muita experiência clínica. Após poucas sessões com nosso pequeno venho a indicação de um neuropediatra, especialista em problemas de aprendizagem, que fez o diagnóstico de déficit de atenção e dislexia.

Há pouco mais de 2 meses conhecemos a tal senhora e a evolução do nosso pequeno neste período tem sido IMPRESSIONANTE! Em 2 meses ele evoluiu muito mais que em 2 anos. É ou não um alívio ter um diagnóstico correto de déficit de atenção e dislexia!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Escolhendo Profissionais 3

Na sala de Espera
Quando parei de trabalhar em virtude da transferência do meu marido para outro estado, pude acompanhar mais de perto o tratamento do meu pequeno guerreiro. Na sala de espera de clínicas e consultórios pude perceber a falta de compromisso de muitos “profissionais”. Segue alguns relatos:

• Ouvi uma babá reclamando dos atrasos da fono e do tempo reduzido da sessão, ao invés de 40 apenas 20 minutos de atendimento – em 2006 uma sessão era R$ 75,00. Eu disse pra moça contar para a mãe da criança, mas ela tinha medo da patroa ficar muito brava. Quanto tempo perdido para esta criança!

• Ao ficar esperando o término da sessão de fono do filhote, achei estranho o silêncio dentro da sala e perguntei para meu pequeno “O que vocês fizeram hoje?” e ele “Eu fitei no toputado e ela equevendo”, foram umas três sessões assim, até eu resolver perguntar para profissional, referenciada, professora de faculdade, o que estava acontecendo e obter a seguinte resposta “Fazemos juntos algumas atividades no computador que são importantes pra ele” retruquei dizendo que ele afirmava que ela ficava em outra mesa escrevendo e ele brincando com de Coelho Sabido, ela disse que não. Mas a dinâmica das sessões após minha reclamação foi totalmente diferente e ela realmente trabalhou com o pequeno. Acredito que nas outras sessões ela ficou fazendo planos de aula, preparando seminários ou qualquer coisa do tipo, de qualquer forma, a confiança se desfez e não voltamos mais.

• A secretária de uma psicologa que atendia as crianças em grupo de 2 ou 3, mas que certo dia marcou, “por engano” com 5, além do engano chegou atrasada. A secretária apertada dizia “Isto não vai dar certo, tem uma mãe aqui”! A mãe era eu e logicamente nunca mais voltei lá!

Enfim, foram muitos e muitos casos semelhantes a estes e realmente não dá pra bobear, é preciso ficar atento. Quem não puder levar o filho tem que perguntar pra quem leva se houve atraso, quanto tempo durou a sessão, perguntar para os pequenos o que eles fizeram ... Quando houver alguma desconfiança é preciso ter uma conversa com o profissional porque os pequenos não podem perder tempo e nós não podemos jogar dinheiro pelo ralo.