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quarta-feira, 20 de março de 2013

RESPOSTA A UM PEDIDO DE ORIENTAÇÃO

Bom dia, família ...!

Agradecemos muito pelas palavras, o blog anda abandonado porque o dia a dia é corrido, mas mensagens como a de vocês nos motivam a retomar!

Continuamos na luta com nosso guerreiro que completou 12 anos. Ao olhar para trás vemos quantas batalhas foram vencidas, quantos adversários nocauteados... Mas para nós a grande vitória foi perceber que nosso filho passou de uma criança que não conseguia aprender (sequer reter que 1 dezena são 10 unidades) para uma criança que aprende (expressões numéricas, frações, conteúdos de ciências, história, geografia, etc). Hoje, estamos a procura de um bom treinador para nosso guerreiro para trabalhar interpretação e produção de texto.

Se nos perguntarem "o que vocês fizeram que realmente fez a diferença?" responderemos prontamente que foi a intervenção da psicopedagoga Maria das Graças Fonseca e Silva e do neuropediatra César Marcondes, ambos de Belo Horizonte. Consideramos que eles foram os anjos para nossa família. Inicialmente, acreditávamos que todos teriam sucesso com eles, mas algumas famílias tiveram e outras não! Mas graças a Deus é assim! Imagine se o caminho fosse apenas este!

Durante nossa jornada, de tudo que ouvimos, diagnósticos e prognósticos negativos e positivos, o que nos fez seguir enfrente foi uma frase dita por uma psicopedagoga que nada agregou em termos concretos, mas que nos motivou a continuar "Nunca desistam do filho de vocês, continuem sempre na busca...!". Com o passar do tempo, a frase adquiriu outros sentidos, hoje significa "Ninguém, nenhum profissional, seja de qual área for, tem uma resposta concreta para as questões que envolvem o "não aprender";

Eu, mãe do guerreiro, resolvi fazer o curso de psicopedagogia para auxiliar as famílias carentes que lidam com o não aprender, porque com recursos financeiros é tão difícil lidar com o problema, imagine sem! Infelizmente ao concluir o curso, descobri que não podia auxiliar ninguém, descobri que é um CRIME a psicopedagogia ser uma pós graduação. Descobri que na nossa jornada com o guerreiro nos deparamos com diversos tipos de profissionais aventureiros: aqueles que terminam a pós e se acham aptos para atender, os que dão aulas em cursos de psicopedagogia mas tem formação em psicologia, fonoaudiologia, neurociências, mestres em educação e se acham os mais capacitados para lidar com o não aprender, quando na verdade se dedicam mais a suas áreas específicas, ao mundo acadêmico e não apresentam sequer um caso de criança que não aprendia e passou a aprender, eles são os especialistas em diagnóstico de problemas de aprendizagem, especialistas em encontrar culpados entre a família e a escola (filho mimado, dependente, professor que não gosta de ensinar, etc) mas não possuem estratégias de intervenção eficaz para a questão da aprendizagem.

A aprendizagem é algo muito complexo e por isto na Argentina, Portugal e outros países a psicopedagogia é uma graduação. Não quero dizer que com a graduação teríamos somente profissionais competentes, mas teríamos sim, chances de depararmos com alguém que verdadeiramente entendesse da questão, teríamos mestres e doutores em psicopedagogia, psicopedagogos com pós-graduação em escrita, leitura, questões afetivas, intervenção nesta ou naquela questão que poderiam relatar seus estudos e experiências no assunto. Nosso problema se torna maior com os cursos a distância. Vários cursos presenciais sequer oferecem estágio supervisionado. Não posso deixar de dizer que é um CRIME, uma VERGONHA. Porque é crime fazer a criança passar por inúmeros profissionais, é crime fazer nossos pequenos perderem tanto tempo e assim continuarem sendo alvo de críticas de professores e gozação de colegas, é crime fazer com que as famílias se sintam tão impotentes....

Digo isto, porque quando levávamos nosso guerreiro a uma psicopedagoga depositávamos neste profissional uma enorme esperança e a cada frustração acreditávamos que o problema era do nosso guerreiro! Pensávamos que o caso dele era muito sério porque nenhum profissional conseguia nos ajudar! A busca foi longa, íamos a profissionais "renomados", coordenadores de curso de psicopedagogia, etc... Hoje, entendemos porque somente uma psicopedagoga séria, no auge dos seus 60 anos, trabalhando a mais de 20 em consultório foi a única capaz de nos mostrar uma luz, um caminho a seguir! Então o caminho é procurar um profissional experiente em PSICOPEDAGOGIA, este profissional será capaz de trabalhar as estruturas, os esquemas que vão disparar o gatilho da aprendizagem. Quem fez isto com nosso guerreiro foi a Maria das Graças, durante os dois anos e 1/2 de tratamento eu acompanhamos de perto e percebi que o que fez a maior diferença foi o trabalho com jogos Cara a Cara, quebra-cabeças, lego, lince, memória, hora do rush, Ludo, Quest Júnior, jogo fecha a caixa, os jogos das lojas Origem como Equilíbrio. Amazônia Simplificada, etc.Ela também trabalhava textos curtos, liam juntos e depois cada um fazia para o outro perguntas sobre a história. .Nosso filho sempre teve enorme resistência aos jogos de tabuleiro e a Maria conseguiu fazer com que ele vencesse esta barreira, então começamos a jogar em casa no que denominados "Noite de Jogos" . e como todos os pais. como todos os seres humanos não somos perfeitos e a frequência e persistência de continuar com as noites não foi a que desejávamos em virtude da rotina, cansaço, etc. mas acreditamos que também tivemos nossa contribuição! Ele também não gostava de quebra cabeças e começou a gostar.

Outro ajuda fundamental foi Dr César Marcondes que diagnosticou nosso guerreiro como disléxico e com déficit de atenção. Ele receitou a Ritalina, criticada por tantos profissionais e por tantas famílias, mas que foi fundamental para nosso guerreiro recuperar seu gap na aprendizagem. Foram três anos de medicação para fazer o dever de casa e ir para escola, com intervalos nos fins de semana, feriados e férias escolares. Agora em 2012, temos orgulho de dizer que o médico mais conservador e criticado na cidade pelo uso da medicação para tratar problemas de aprendizagem, suspende, sem o nosso pedido a medicação, ou seja, ele percebeu que nosso filho não precisava mais, percebeu que a medicação já tinha feito a parte dela, isto sim é profissional!

Esperamos ter ajudado e estamos a disposição para esclarecer outras questões.

Abraços

Família do Guerreiro