Queremos continuar com o tema "Escolhendo Profissionais" porque este foi realmente nosso maior desafio, mas vamos intercalando com outros assuntos que consideramos importantes.
Atualmente, estamos nas mãos de dois excelentes profissionais, "a tal senhora" - psicopedagoga maravilhosa e um neuropediatra especialista em problemas de aprendizagem. Mas como somos “gatos escaldados” há tempos trabalhamos em casa com nosso pequeno. Deixamos claro que as atividades que vamos propor aqui são frutos de leitura de livros e pesquisas na internet. Não temos nenhuma formação acadêmica no assunto, temos vivência com nosso filhote com problemas de aprendizagem.
Nosso pequeno guerreiro, apesar da dislexia, conseguiu ler aos 6 anos mesmo que de forma silabada, não em virtude da escola mas porque trabalhamos em casa a alfabetização pelo método fonético. Trabalhamos com este método porque uma fonoaudióloga pediu que procurássemos uma escola que alfabetizasse desta forma, como não encontramos, percebemos que era preciso trabalhar em casa. Na alfabetização fonética a criança aprende através dos sons que são introduzidos separadamente como na forma antiga de alfabetização pa-pe-pi-po-pu, la-le-li-lo-lu , etc.
Nós adquirimos o cd “Alfabetização Fônica”, o livro “Alfabetização com Boquinhas” e outro que infelizmente não lembramos o nome e que emprestamos pra alguém que não devolveu. Mas quem conhece um pouco de Power Point pode produzir atividades semelhantes as do cd mais voltadas para o universo da criança. Por exemplo: usar nome de parentes, amigos, brinquedos, desenhos animados que a criança gosta. Quanto ao livro na internet é possível encontrar partes bem bacanas de livros sobre alfabetização fonética.
As primeiras atividades devem ser de consciência fonológica, ou seja, a capacidade de identificar, refletir e manipular os sons da fala.
Para o desenvolvimento da consciência fonológica, inicialmente, é preciso trabalhar rimas e aliterações. Rima todo mundo sabe que são palavras que terminam com o mesmo som, aliteração são palavras que começam com o mesmo som.
As crianças com problemas de consciência fonológica têm muita dificuldade com rimas. Enquanto muitas crianças por volta dos 5 anos, naturalmente, começam a fazer rimas “O João gosta de limão”, as que tem problemas fonológicos sentem dificuldade de entrar nesta brincadeira.
Apesar de termos trabalhado com nosso filhote quando ele tinha por volta de 5 anos rimas e aliterações, com o diagnóstico de dislexia voltamos a trabalhar novamente porque percebemos que ele ainda tinha um atraso na consciência fonológica.
Um indício interessante para detectar o problema é mostrar imagens de figuras que rimam e incluir uma figura que não rima, mas que está associada a uma tal imagem, perguntar para criança quais nomes quer rimam. Normalmente, crianças com problemas de consciência fonológica ao invés de responder que sapato rima com gato, respondem que rima com chinelo ou meia, ou seja, tendem a fazer associações e não rimas.
É muito importante nesta fase ler pequenas poesias para a criança reforçando bem as rimas, brincar com parlendas, brincar de fazer Rap, etc... Nestas horas vem as recordações de infância e as coisas que nossas mães diziam brincando mas que foram importantes para nossa consciência fonológica.
“Enganei um bobo, na casca do ovo!”
“Que vai querendo, põe a mão no chão e sai correndo”
“ Dedo Mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura-bolos, cata-piolhos”
“Cala boca já morreu, quem manda aqui sou eu”
Segue algumas atividades que selecionamos na internet para nosso uso, como não pensávamos em criar o blog, infelizmente não guardamos os links para fazer a referência, pedimos desculpas as pessoas que postaram alguns destes exercícios.
As imagens contendo texto click na imagem são de atividades que fizemos no Power Point, quem quiser o arquivo e só enviar um email.
As imagens dos exercícios estão no próximo post