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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Escolhendo Profissionais 4

No caminho para o diagnóstico correto há muita incompetência ou má-fé?

Nosso pequeno guerreiro apresentou problemas com o processo de aprendizagem, aos 6 anos sua leitura era bastante silabada e a escrita bem ruim. Por mais de 2 anos rodamos entre consultórios de psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional. Chegamos ao cúmulo de ir a uma clínica oftalmológica que prometia lentes milagrosas (vou escrever um post sobre o assunto)

Procurávamos sempre profissionais com referência, uns diziam que ele estava disortográfico, disgráfico, que tinha um bloqueio no processo de aprendizagem, que o problema era emocional, etc. Foram sessões e mais sessões com evolução próxima a zero. Diante da incompetência ou má fé destes especialistas, sem saída, trocávamos de profissional. Foram 2 terapeutas ocupacionais, 2 psicopedagogas e 2 psicólogas alguns com histórias incluídas no post sobre Sala de Espera...

Em alguns momentos, apesar da avaliação positiva do neuropediatra, chegamos a pensar que nosso pequeno tinha algo diferente, desconhecido e que seria muito difícil ajudá-lo. Dava vontade de não procurar mais profissional algum, principalmente, por expor nosso pequeno a tantas pessoas, por contar e recontar histórias da gravides, do atraso da fala, etc.... Era muita frustração! A cada novo profissional depositávamos toda confiança e nada! Num certo momento resolvemos que continuaríamos procurando profissionais mas que em paralelo começaríamos a ler muito sobre os problemas de aprendizagem . Este foi o caminho para o diagnóstico correto e para a verdadeira ajuda a nosso pequeno guerreiro.

Com as leituras começamos a analisar o comportamento do nosso pequeno durante o dever de casa, uma verdadeira guerra doméstica, seu desinteresse completo pela leitura, etc. Começamos a suspeitar que nosso filhote poderia sofrer de déficit de atenção e dislexia. Detalhe, o déficit de atenção já havia sido descartado por uma profissional, coincidentemente, há quase 4 meses, ele estava fazendo acompanhamento com uma psicóloga especialista em déficit de atenção, com livro publicado sobre o assunto, etc. Informamos a tal especialista nossa suspeita que inocentemente disse “Sabe que eu também estou desconfiada?” Perguntamos “Como assim desconfiada? Você não tem até livro sobre o assunto? “Tenho, mas ainda não fiz os testes e vocês disseram que outro profissional havia descartado... “ Incompetência ou Má-fé?

Conversamos com a escola sobre nossa desconfiança e eles disseram que no caso da dislexia era preciso esperar até os 9 anos, etc.. Mas diante da nossa insistência, indicaram uma senhora que havia ajudado muito uma criança que tinha dislexia. Disseram “Quem sabe ela ajuda com o dever e assim percebe alguma coisa!”

Foram vários telefonemas até conseguir marcar uma reunião com a tal senhora. Mas valeu a pena! Já na primeira reunião percebemos que a tal senhora era uma psicopedagoga que amava sua profissão e que além do conhecimento teórico também tinha muita experiência clínica. Após poucas sessões com nosso pequeno venho a indicação de um neuropediatra, especialista em problemas de aprendizagem, que fez o diagnóstico de déficit de atenção e dislexia.

Há pouco mais de 2 meses conhecemos a tal senhora e a evolução do nosso pequeno neste período tem sido IMPRESSIONANTE! Em 2 meses ele evoluiu muito mais que em 2 anos. É ou não um alívio ter um diagnóstico correto de déficit de atenção e dislexia!

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