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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Escolhendo Profissionais 2

Fonoaudiólogos

Nosso guerreiro apresentou problemas na fala, assim, aos 2 anos teve sua primeira fonoaudióloga, até a alta aos 6 anos passamos por 8 profissionais.

Ficávamos com um profissional por cerca de 3 meses, sem resultados trocávamos. Muitas pessoas nos censuravam, não entendiam o porquê de tanta troca. Era frustrante, sessões e mais sessões sem resultados, gastando nosso tempo, nosso dinheiro e principalmente o precioso tempo do nosso filhote.

Alguns profissionais diziam não entender porque nosso baixinho não pronunciava os tais fonemas, mesmo fazendo os exercícios para tal objetivo. Uma delas chegou a dizer que não precisávamos procurar mais nenhum profissional, indicou alguns livros e disse para lermos com ele diariamente, frase por frase, ele deveria repetir de forma correta os fonemas. Nem sabemos dizer quanto tempo perdemos lendo e dizendo para o pequeno “Repita. O gato pegou o caracol” ele “O dato pedou o talatou”. Seguimos a risca a orientação da profissional “experiente”, logicamente o resultado foi zero. Hoje, temos certeza que estas leituras e repetições foram verdadeiras sessões de “tortura” para nosso pequeno. Infelizmente, foi desta maneira que nosso filhote foi inserido no mundo da leitura, acreditamos que vem daí muito da sua aversão a leitura.

Nosso filhote estava prestes a completar 5 anos e não conseguia pronunciar G, C, R, QU_ e nenhum encontro consonantal BR, BL, CR, DR,TR, PR, PL... Em muitos momentos achamos que ele jamais falaria de forma correta. O pior é que na medida em que ele crescia as crianças e até mesmo alguns adultos riam da forma como ele falava. Em virtude disto, aos 4 anos ele um menino lindo, lindo, já apresentava baixa estima. Não gostava de falar porque previa os risos ou um “Não entendi o que você disse”.
Realmente era difícil entender o que nosso guerreiro dizia. Um dia ele perguntou para uma criança “Voce te bintar tomido? Repetiu muitas e muitas vezes, saiu chorando por não conseguir expressar um desejo simples de criança “Você quer brincar comigo?”.

Era praticamente inacreditável que após 3 anos de tratamento, com 5 profissionais diferentes, alguns mais e outros menos “experientes”, a evolução da fala de nosso pequeno era praticamente nula.

Mas não desistimos! Na 6ª avaliação fonoaudiológica, uma profissional se recusou a trabalhar com ele até o parecer de um otorrino sobre a retirada das amígdalas. Assim, no dia em que completou 5 anos, nosso guerreiro fez a cirurgia de amígdalas e adenóide.

Um mês após a cirurgia, ele reiniciou as sessões de fonoaudiologia, já na 2ª sessão conseguiu pronunciar “casa, gato, pegou”. Vocês nem podem imaginar a alegria que sentimos quando nosso filhote pronunciou corretamente o G e C ! Aos 6 anos, ele já pronunciava corretamente todos os fonemas e dizia lindamente “Você quer brincar comigo?”.

Nossa indignação com os cinco profissionais anteriores é imensa! Hoje, sabemos que uma questão física – tamanho das amígdalas – contribuiu muito para o atraso da fala e linguagem do nosso pequeno, ainda não sabemos se há outro motivo além da questão física. Mas, sabemos que nosso filhote perdeu um tempo precioso demais, o atraso na fala, ocasionou além da baixa estima, que é terrível, um atraso significativo no processo de alfabetização do nosso pequeno.

Enfim, se não tivéssemos esbarrados no caminho com tantos profissionais incompetentes, nosso guerreiro teria vencido a batalha da fala muito mais cedo. Com certeza, sua vivência na escola seria muito diferente.

Continua no próximo post...

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