Encontramos esta notícia em um site de neurociências. Estudos como este derrubam discursos pessimistas de alguns que se intitulam estudiosos da dislexia.
http://www.neurolab.com.br/news/index.php?news_id=236&start=0&category_id=&parent_id=0&arcyear=2008&arcmonth=8
Programa intensivo de ensino consegue modificar cérebro de alunos disléxicos
Cientistas da Universidade Carnegie Melon, de Pittsburgh demonstraram como em alunos com problemas graves de leitura e compreensão, áreas do cerebro que estavam inativas podem ser ligadas com treinamento.
Os alunos, todos do quinto ano, foram avaliados através de técnicas especiais de ressonância nuclear magnética antes e após o período de recuperação Os exames permitiram aos pesquisadores determinarem através da medição do fluxo sanguíneo para o cérebro, durante as atividades escolares, os padrões de ativação.
Nos alunos classificados como disléxicos, determinadas regiões do cérebro eram menos ativadas. A area parietotemporal mostrou padrões bastante diferentes entre os alunos considerados normais e os com dificuldades de leitura.
Como os cientistas acreditavam na plasticidade, ou seja, na capacidade do cérebro humano de se adaptar e ativar regiões que antes não eram muito utilizadas, um programa especial de reforço foi traçado para essas crianças.
Foram 100 horas de treinamento especial em leitura e compreensão. O objetivo era superar a dificuldade de associação entre os sons das letras e suas formas escritas.
Outra descoberta importante do estudo foi a de que somente 10% das crianças apresentavam problemas visuais e dislexia, o que diverge da crença comum. Os exames de ressonância foram aplicados antes e após o reforço e um ano após. Todas as crianças do quinto ano foram submetidas a mesma bateria de testes para permitir a comparação.
Após o treinamento e no exame de revisão com um ano, as crianças disléxicas que tinham recebido o reforço especial mostravam padrões cerebrais semelhantes aos das crianças ditas normais. Esse estudo mostra que o cérebro humano é capaz de ser "reprogramado" com estímulos especialmente dirigidos e permitir que todos possam demonstrar suas potencialidades.
O trabalho em questão está publicado na edição de agosto da revista "Neuropsycologia
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